Entre mais de 61 mil nomes registrados no Brasil, 88,4% são fortemente marcados por gênero, praticamente exclusivos de homens ou de mulheres. São nomes que apresentam de 99% a 100% de associação a um único gênero, como José e Maria.

Só 1% dos nomes aparecem em proporções semelhantes entre homens e mulheres (no máximo 55% para um lado). Os exemplos mais comuns são Juraci, Edir e Darcy. Esses nomes “neutros” ou “ambíguos” são majoritariamente de pessoas com idade mediana acima de 40 anos. No Censo de 2022, somavam 301 mil indivíduos, pouco mais de 0,15% da população analisada.

Esse padrão contrasta com tradições de regiões do leste asiático e de povos indígenas, onde a marcação de gênero nos nomes é menos rígida, e também com o inglês, em que nomes neutros, como Casey e Riley, são frequentes.

O Nexo já publicou uma análise sobre nomes no Censo de 2022, destacando suas idades medianas. Neste material interativo, você pode conferir a distribuição de gênero.

É possível navegar livremente pelos dados ou conferir histórias selecionadas no quadro abaixo. O levantamento reúne informações de 188,1 milhões de pessoas e 61.466 nomes com 22 ou mais registros no país. Os nomes se referem ao primeiro nome e são apresentados sem acento (ex: Joao, Taina).